Olá, hoje vamos conhecer um pouco da história e da genealogia da família Baldessar contada no livro Meus Nonos Italianos, escrito por Albino Dalla Vecchia.
A família Baldessar chegou ao Brasil com o Vapor La France, que saiu de Nápoles no dia 14/09/1879, parando em Marselha na França, onde embarcaram os Baldessar, e desembarcou no porto do Rio de Janeiro em 04/10/1879.
Vieram neste navio de imigrantes:
- Antonio Baldessar com 54 anos, nascido em 1825, casado com Anna Maria Lavina;
- Giovanni Baldessar com 66 anos, irmão de Antonio, casado com Giovanna;
- Giovanni Baldessar, nascido em 10/11/1862 e morto pelos índios Carijós;
- Luigi Baldessar, nascido em 18/02/1865;
- Theresa Baldessar, nascida em 25/05/1867;
- Anna Baldessar, nascida em 18/10/1870;
- Nicolò Baldessar, nascido em 05/10/1873;
- Catherina Baldessar, nascida em 09/10/1878;
O filho Pietro Baldessar, nascido em 23/08/1859, não acompanhou a viagem dos pais, pois estava com Tifo, quando melhorou partiu no Vapor Frederic Wilhelm, chegando no Rio de Janeiro em 13/12/1979.
Luigi Baldessar e Luigia Muttini
Segundo consta no livro, Luigi nasceu no comune de Tambre em Belluno, casou-se em Urussanga no Brasil com Luigia Muttini em 13/02/1890. Ambos faleceram no rio Caeté, ele no dia 26/04/1945 e ela no dia 28/02/1951.
Tiveram os seguintes filhos:
- Antonio Baldessar;
- Maria Baldessar;
- Vitória Baldessar;
- Catarina Baldessar;
- Elena Baldessar;
- Antonia Baldessar;
- Adelina Baldessar;
- João Baldessar;
- Alexandre Baldessar;
- Mário Baldessar;
- Dosolina Baldessar.
Sendo que os sogros de Luigi, Alissandro Muttini e Antonia Pier, emigraram no mesmo navio La France.
Uma curiosidade que não está no livro: Muitos italianos optavam por se deslocar até a França para não pagar as taxas de embarque, como os recursos eram escassos qualquer economia era válida. Então muitas famílias percorriam mais alguns quilômetros para embarcar em Marselha.
Antonio Baldessar e Margarida Mariot
O filho de Luigi Baldessar, Antonio, nascido em 1892, casou-se com Margarida Mariot e tiveram os seguintes filhos:
- Davide Baldessar, faleceu com poucos meses de vida;
- Arcângelo Baldessar, faleceu com 8 meses;
- Cornélia Baldessar, casou-se com Octávio Nuenberg;
- Luiz Baldessar, casou-se com Nilda Bilo e teve os filhos:
- Luiz Jair Baldessar que se casou com Maria de Fátima Sabino;
- Everalda Terezinha Baldessar;
- Maria Baldessar que se casou com Artêmio Mignoni;
- Leopoldo Baldessar.
- Pedro Baldessar, casou-se com Celeste Quiquio;
- Fioravante Baldessar, casou-se com Luiza Coral;
- Arno Baldessar, casou-se com Angelina Peterle;
- Olindo Baldessar, casou-se com Madalena Coan;
- Octávio Cesário Baldessar, casou-se com Madalena Damiani;
- Gelma Baldessar, casou-se com Gervário Nuernberg;
- Josefina Baldessar, casou-se com Davide Sartor;
- Yolanda Baldessar, casou-se com Aluim Michels;
- Lúcia Maria Baldessar, casou-se com Aníbal Bristot;
- Monsenhor Quinto Davide Baldessar que serviu uma vida religiosa e foi autor de várias obras literárias incluindo: Ïmigrantes – Sua história, Costumes e Tradições”.
A família Baldessar em Urussanga – Santa Catarina
Os Baldessar instalaram-se ao longo do rio Caeté, na colônia Urussanga, por ali também era terra dos índios Carijós (Botocudos), sendo que os primeiros imigrantes que chegaram à região entraram em conflito com os nativos.
Sem cair nas armadilhas do anacronismo, no cenário da época esses imigrantes que vieram com promessas de comprar sua própria terra, chegaram em Santa Catarina, após uma longa e cansativa viagem, encontraram lotes de terra cobertos por mata nativa, onde tinham que desmatar para construir suas casas e começar o plantio. Ao mesmo tempo em que índios que ali viviam, observaram os invasores se instalando onde antes eram as suas terras. Eram culturas diferentes, que não conversavam e que em um primeiro momento entraram em conflito.
Deste conflito morreu Giovanni Baldessar, filho de Antonio Baldessar e Anna Maria Lavina o que veio a marcar aquela colônia que passou a temer o povo indígena.
Até então haviam algumas famílias indígenas morando próximas, inclusive participando do processo colonizatório, trabalhando com os engenheiros portugueses.
Porém, aquele incidente, seguindo de mais algumas mortes deixaram os colonos apavorados, começaram a haver constantes ataques às lavouras e assim começa a guerra entre “bugres” e imigrantes, como narra o Monsenhor Quinto Davide Baldessar em seu livro.
Assim os irmãos Baldessar ganharam fama de bugreiros, ou matadores de índios, mas segundo o Monsenhor, ocorreu apenas um ataque chamado de: incursão a Palermo, que ocorreu 10 anos após a morte de Giovanni Baldessar e onde participaram 10 colonos, entre eles Luigi, Nicola e Pietro Baldessar.
Segundo consta, os irmãos Baldessar eram agricultores, trabalhavam na colheita e caçar índios não era sua profissão. Mas, houve um único ataque a Maloca de Palermo em 1894, na região do Costão da Serra.
É o que narra o livro.
Fato é que a família Baldessar originária de Tambre, Belluno, que vivia no extremo nordeste italiano, emigrou para o Brasil, vivendo em terras catarinenses, na colônia de Urussanga, próximos ao rio Caeté.
Para saber mais sobre os Baldessar fica a referência do livro: Ïmigrantes – Sua história, Costumes e Tradições, do Monsenhor Quinto Davide Baldessar.
3 Comentários
05/06/2023
Olá,
Adorei o artigo, mas como faço para encontrar o livro?
Pesquisei e não achei.
Muito Obrigada
05/06/2023
Olá Ana, basta falar com o autor, Albino Della Vecchia, vou deixar o perfil do Facebook dele: https://www.facebook.com/albino.dallavecchia
18/06/2024
Ana, eu tenho o livro em PDF.
Posso te mandar Bahia Whatasapp.
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